Governo não renova incentivos para carros populares e espera redução das taxas de juros

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O governo federal anunciou uma série de medidas para diminuir os preços dos carros e incentivar as vendas no mercado interno. Essas medidas têm um prazo determinado e não serão prorrogadas nos próximos meses, segundo o vice-presidente Geraldo Alckmin. Ele falou sobre o assunto em um evento da Anfavea (Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores), no dia 15 de junho, em Brasília.

O objetivo do governo é que esse plano seja apenas um alívio temporário até que os juros baixem e o crédito fique mais acessível. “O cenário vai melhorar porque nós estamos com inflação em queda. Juros futuro já caiu. Nós precisamos nos preocupar com crédito”, disse Alckmin aos jornalistas. Ele reconheceu que o acesso ao financiamento e a taxa de juros são dois dos principais problemas que afastam os consumidores dos automóveis.

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A reação do setor automotivo

As medidas do governo foram bem recebidas pelo setor automotivo, que tem enfrentado uma crise de vendas nos últimos anos. A Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) tem defendido uma extensão dos benefícios para manter o ritmo das concessionárias. Segundo a entidade, o movimento nas lojas aumentou 260% desde o anúncio dos descontos.

O governo espera que todo o estoque com desconto seja vendido em 15 dias, período em que a oferta é válida apenas para pessoas físicas. Depois disso, a oferta será aberta para frotistas, que estão ansiosos pela oportunidade de renovar suas frotas com o valor reduzido. No entanto, o governo quer evitar que esse público se beneficie do programa, pois ele foi feito para a população em geral. Alckmin comentou que “a resposta [do consumidor] está sendo boa e que a procura nas concessionárias cresceu bastante.”

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As perspectivas para o futuro

O pacote de incentivos seria uma forma de ajudar a indústria automotiva a chegar perto de 3 milhões de unidades emplacadas por ano, com a estimativa de que isso aqueça o mercado com mais 130 mil veículos licenciados. Porém, o governo sabe que, para alcançar esse número, será necessário que a taxa Selic seja reduzida, melhorando o crédito. Se o Banco Central continuar a decidir pela manutenção da taxa atual de 13,75%, não há um plano B. A boa notícia é que, recentemente, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que o PIB deve crescer 2% e sinalizou que a Selic deve sofrer um corte.

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